MIGUEL

O CREA deveria desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento do setor, na formação, qualificação e na garantia da segurança das atividades realizadas dos profissionais do Sistema. No entanto, são muitas as críticas de que a instituição desempenha atualmente um papel meramente cartorial burocrático.

O CREA deveria desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento do setor, na formação, qualificação e na garantia da segurança das atividades realizadas dos profissionais do Sistema. No entanto, são muitas as críticas de que a instituição desempenha atualmente um papel meramente cartorial burocrático.

Você sabia que a Engenharia foi o primeiro setor a ter um conselho profissional do país? Os conselhos profissionais no Brasil surgiram nas primeiras décadas do século XX, como parte de um movimento para regulamentar e fiscalizar o exercício de diferentes profissões. O primeiro deles foi o de Engenharia, Arquitetura e Agrimensura (CONFEA/CREA) criado por meio do Decreto nº 23.569, de 11 de dezembro de 1933, sancionado pelo então presidente da República Getúlio Vargas.

O CREA-RJ (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro) é o órgão máximo de regulamentação e fiscalização do exercício profissional da engenharia, agronomia, geologia, geografia, meteorologia, tecnólogos e técnicos em segurança do trabalho no estado do Rio de Janeiro.

Sabemos que o CREA deveria desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento do setor, na formação, qualificação e na garantia da segurança das atividades realizadas dos profissionais do Sistema.

Entretanto, as críticas sobre a instituição são inúmeras, a principal delas é de que atualmente, desempenha um papel meramente cartorial burocrático. Uma instituição que historicamente já foi responsável pela promoção e defesa da categoria que representa e que foi referência no desenvolvimento tecnológico, hoje é amplamente criticada pelos seus profissionais pela falta de representatividade e desconexão com a realidade do mercado.

Apesar dos problemas, um grupo plural de profissionais do Sistema no Rio de Janeiro, que enxergam um grande potencial no nosso Conselho, se uniram em um movimento para discutir e propor “O que o CREA pode ser”, considerando que a instituição é formada pelos próprios profissionais por meio de participação no processo eleitoral.

A partir de um amplo debate, o grupo decidiu lançar como candidato à presidência do CREA-RJ, o engenheiro civil, servidor público e professor Miguel Alvarenga Fernández y Fernández. Miguel possui notória atuação no setor de saneamento e que se predispôs a liderar esse movimento e apresenta suas propostas para o Conselho através de três principais eixos temáticos:

Defesa do Setor Inovação e Tecnologia Representatividade

O movimento “O que o CREA pode ser” é um coletivo de engenheiros, agrônomos e profissionais das geociências abertos a receber demandas e sugestões de como o CREA-RJ pode atuar e principalmente receptivos à adesão dos profissionais alinhados com as ideias e propostas.

Defesa do Setor:

Entendemos que a principal expectativa dos profissionais do setor é que o Conselho seja o principal órgão de defesa dos interesses e demandas da categoria e das empresas da área. Tal eixo implica desde atuação junto à imprensa para pautar temas de interesse da categoria, até a criação de um comitê de crise permanente para eventual ação do conselho em defesa de profissionais e empresas do sistema em caso de acidentes ou fatalidades.

Tecnologia e Inovação:

Queremos que o principal órgão do setor de engenharia seja o berço da inovação e tecnologia. Infelizmente o Conselho, em muitas situações, retrata o oposto. Enquanto outros Conselhos avançam com tecnologias inovadoras, como por exemplo a receita digital do CREMERJ (Conselho Regional de Medicina), os profissionais do CREA-RJ sofrem com uma plataforma defasada que torna um desafio hercúleo um controle de acervo técnico através das ARTs (Anotações de Responsabilidade Técnica) e CATs (Certidões de Acervo Técnico).

Representatividade

O CREA-RJ é o órgão máximo do setor das engenharias no estado do Rio de Janeiro, porém sofre uma crise de representatividade grave. O reflexo dessa crise é o histórico dos últimos presidentes terem sido eleitos com menos de 2% dos votantes habilitados. Para resgatar a representatividade do Conselho é necessário ampliar a transparência da gestão e a participação dos profissionais nas ações do CREA.